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Especialistas alertam que incêndio em fábrica de tecidos poderia ter sido ainda maior: 'Cenário propício'

Especialistas alertam que incêndio em fábrica de tecidos poderia ter sido ainda maior: 'Cenário propício'

 

Especialistas em prevenção a incêndios afirmam que a tragédia na fábrica de tecidos em Ramos, na Zona Norte, na manhã desta quarta-feira (12), poderia ter sido ainda maior. O risco se deve ao cenário encontrado pelo Corpo de Bombeiros. O local continha materiais de alta combustão, como tecidos, espumas e tintas - o espaço era utilizado para a confecção de fantasias de escolas de samba da Série Ouro.

Profissionais da área apontam que a rápida atuação dos Bombeiros foi fundamental para evitar que as chamas se espalhassem para áreas anexas ao imóvel. O primeiro quartel a chegar ao local foi a unidade de Ramos, localizada na Rua Euclides Faria, a 1,4 km da Maximus Confecções, onde ocorreu o incêndio. A operação mobilizou 13 unidades operacionais, incluindo o Grupamento de Operações Aéreas e especialistas em salvamento em altura. Aproximadamente 90 bombeiros participaram do combate às chamas, com o apoio de 30 viaturas.

O especialista Wesley Pinheiro, que por dez anos foi responsável pela Brigada de Incêndio da Coppe-UFRJ, esteve no local e analisou a situação.

"Posso dizer que tivemos sorte. Havia todos os elementos para um desastre semelhante ao incêndio no Hospital Badim e no Ninho do Urubu. O cenário era propício para uma tragédia. As paredes podem ter ajudado a conter o fogo, mas a fumaça se espalha entre os ambientes mesmo assim. Nesse sentido, as janelas foram essenciais para a ventilação do local", explicou o profissional.

Já o engenheiro de prevenção e combate a incêndios Evandro Fernandes acompanhou o resgate pela mídia e avaliou a atuação dos bombeiros. Segundo ele, incêndios dessa magnitude costumam levar de três a quatro horas para serem totalmente controlados, restando o trabalho de rescaldo.

"O tempo varia conforme a quantidade de material inflamável. Pelo que foi observado, o imóvel era dividido entre diferentes escolas de samba, o que indica um grande volume de material. O fogo se propaga rapidamente e é difícil de conter", analisou.

Pinheiro também destacou as principais ações iniciais para salvar vidas e controlar o incêndio. "A prioridade é verificar se há pessoas presas, armar as linhas de mangueira e jogar água na fumaça para enxergar onde estão as chamas. A fumaça pode conter substâncias químicas perigosas e até causar explosões, tornando o ambiente extremamente arriscado. Em alguns casos, o uso de espuma é necessário", afirmou.

Falta de medidas preventivas no prédio

O prédio onde funcionava a Maximus Confecções não possuía certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros e, portanto, não atendia às condições mínimas de segurança exigidas para seu funcionamento.

Para Wesley Pinheiro, a gravidade do incêndio poderia ter sido reduzida se as normas de segurança tivessem sido seguidas. "Se os responsáveis tivessem promovido treinamentos para o uso de extintores ou instalado sinalizações adequadas, o incêndio não teria sido evitado, mas o local estaria mais preparado. Pela altura do imóvel, não seria obrigatório ter uma escada enclausurada, mas poderiam ter sido instaladas duas ou três escadas metálicas ou de alvenaria, o que não seria um custo elevado. Infelizmente, muitos empresários só tomam providências quando são autuados", criticou.

Evandro Fernandes reforçou a importância dos sistemas automáticos de combate a incêndios, como os sprinklers. "Uma edificação que armazena materiais de alta combustão precisa atender a todas as exigências normativas, incluindo casa de bomba de incêndio, hidrantes e sprinklers. Se houvesse esses equipamentos, o detector teria acionado automaticamente os sprinklers, que conteriam o fogo antes que ele se espalhasse, evitando o agravamento da situação", concluiu o especialista, que também é diretor da GEAC Prevenção de Incêndios.

Feridos

O Corpo de Bombeiros resgatou 21 pessoas feridas, e 9 estão em estado grave. A retirada dos trabalhadores foi dramática, com alguns saindo do alto do imóvel pelas janelas com ajuda dos militares, em meio à fumaça, com o auxílio de uma escada.

Dez vítimas do incêndio deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Oito estão em estado grave: três homens e cinco mulheres. Todos deram entrada por queimadura em via aérea após inalação de fumaça tóxica. Há uma outra pessoa em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar.

"A equipe quando fez o diagnóstico da queimadura em via aérea por inalação de fumaça decidiu sedar os pacientes e fazer a intubação", disse o diretor-geral do hospital, Paulo Roberto Lopes.
Mais oito pessoas foram atendidas na rede municipal de saúde: quatro no Hospital Municipal Souza Aguiar (duas em estado grave), duas CER da Ilha do Governador e outras duas no Hospital Municipal Salgado Filho.

Outras três pessoas foram para o Hospital Federal de Bonsucesso.