Incêndios em hospitais: conheça as principais medidas para prevenção
Incêndios em hospitais: conheça as principais medidas para prevenção
Hospitais têm a missão de cuidar das pessoas, dando a impressão de que são seguros. Portanto, conhecer os riscos permite a elaboração de um plano de contingência que minimize as chances de um incêndio ocorrer. Além disso, diminui os impactos de uma ocorrência.
Sistemas de Segurança Contra Incêndio: o que não pode faltar
O conjunto de medidas de proteção ativa (combate/enfrentamento) e passiva (preventiva) é denominado de Sistema de Segurança Contra Incêndio. Seu objetivo é garantir a evacuação segura dos ocupantes, a minimização de danos na edificação e nas edificações vizinhas.
O Sistema de Segurança Contra incêndio visa também à minimização de danos à infraestrutura pública local e à segurança das operações de combate ao incêndio, quando estas forem necessárias.
Confira as condições mínimas de segurança do Sistema Básico de Segurança Contra Incêndio (SBSI), previstas no Manual de Segurança contra Incêndio da Anvisa:
- Acesso de viatura à edificação;
- Segurança estrutural contra incêndio;
- Controle de materiais de acabamento e revestimento;
- Sinalização de emergência;
- Rotas de fuga e saídas de emergência;
- Iluminação de emergência;
- Alarme de incêndio;
- Extintores;
- Brigada de incêndio;
- Plano de emergência contra incêndio.
Dependendo das características do hospital (altura, área, serviços prestados etc.), a edificação deve possuir também Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio (SBEI), a saber:
- Compartimentação Horizontal e Vertical;
- Sistema de Detecção Automática de Incêndio;
- Sistema de Hidrantes e Mangotinhos;
- Sistema de Chuveiros Automáticos;
- Sistema de Controle de Fumaça.
Detalhes que podem fazer a diferença na hora da emergência
Os planos de emergência contra incêndio em hospitais devem prever ações coordenadas entre órgãos governamentais e associações não governamentais que atuam em emergência (Polícia Civil/Militar, Corpo de Bombeiros, Rotary Club etc.).
Órgãos governamentais que não atuam em emergências também podem ser envolvidos. Podemos citar como exemplos a Secretaria de Obras, de Assistência Social e de Transportes.
Saídas de emergência, rotas de fuga, escadas e refúgios devem ter capacidade adequada para o volume de pessoas circulantes. Hospitais verticais devem prever, ainda, elevadores de emergência protegidos da ação do fogo, com sistema de alimentação de energia independente.
Normalmente, as pessoas demoram em reagir diante de uma situação de incêndio, não acreditando que estejam envolvidas numa situação de grave risco. Por isso a realização periódica de treinamentos e simulados é tão importante.
A familiaridade com os procedimentos permite decidir rapidamente e salva vidas. Quando a fumaça toma conta do ambiente, a falta de oxigênio e o excesso de gás carbônico alteram o nível de consciência e comprometem a capacidade de agir.
Aliás, a fumaça é outro ponto que merece atenção nas construções. Os projetos arquitetônicos devem levar em consideração a propagação da fumaça dentro dos ambientes em caso de incêndio e promover barreiras arquitetônicas e sistemas de extração de gases.
É preciso conhecer para garantir a segurança contra incêndio
Acidentes, infelizmente, acontecem. No cenário atual, é preciso considerar não só os riscos inerentes à atividade hospitalar, mas também o risco de um incêndio doloso.
O Plano de Emergência deve considerar todos esses riscos e ser revisado periodicamente. Só assim é possível manter o hospital devidamente aparelhado com Sistemas de Segurança Contra Incêndio adequados à sua realidade.
Além disto, a vistoria rigorosa, a sinalização e, principalmente, o treinamento regular da equipe podem auxiliar na prevenção eficiente contra incêndios em hospitais e no rápido combate quando um se inicia.
O conhecimento é o primeiro passo para a prevenção de incêndios em hospitais. Procure conhecer os Sistemas de Segurança de sua instituição e mantenha-se atualizado sobre o Plano de Emergência!